Em alusão a abertura do ano lectivo de 2011, o Ministério da Educação, através do Portal do Governo, tem a honra de publicar a carta aberta do Ministro da Educação, Dr Pinda Simão, aos pais e Encarregados de Educação
REPÚBLICA DE ANGOLA 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GABINETE DO MINISTRO
CARTA ABERTA DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO, DR. PINDA SIMÃO, AOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Prezados Pais e Encarregados de Educação:
No início de mais um ano lectivo, tomo a liberdade de me dirigir a cada um de vós, pais e encarregados de educação, que, tal como eu, tendes filhos, netos ou sobrinhos sob nossa inteira responsabilidade e que se encontram matriculados em escolas públicas ou privadas do nosso país.
Lamentavelmente, por razões bem conhecidas e já suficientemente difundidas, ainda não é neste ano lectivo de 2011, que terei a satisfação de vos anunciar, que todas as crianças entre os 7 e os 14 anos de idade dispõem já de um número suficiente de vagas disponíveis em instituições do ensino público, de modo a tornar o ensino privado - parceiro estratégico do sector da Educação – apenas, em mais uma opção de ensino para as crianças que dependem inteiramente de nós. O esforço neste sentido vem sendo feito, a cada ano lectivo, pelo Executivo e por todos os governos provinciais, ao promoverem o crescimento do número de escolas e de novos professores, de modo a universalizar o ensino primário, até 2015 e elevar, no seu todo, a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Este é, antes de mais, o nosso compromisso com os angolanos, internacionalmente manifestado, em 2000, no Fórum sobre Educação para Todos, em Dakar e na Cimeira do Milénio, em Nova Iorque.
Apesar de ainda insuficiente, a oferta educativa: procura levar o ensino aos locais mais recônditos do nosso país, inclusive a locais onde antes nunca houve escola; tenta acompanhar o elevado índice percentual de crescimento populacional, estimado em mais de 3 por cento ao ano; esforça-se por acompanhar os fluxos migratórios das populações de modo a poder estabelecer, no futuro, uma carta escolar, indispensável à criação de novas instituições educativas e lugares para novos professores; empenha-se no apoio à escolarização dos filhos de milhares de compatriotas, que, em boa hora, decidiram regressar definitivamente ao nosso país, para trabalharem em prol da reconstrução nacional e do desenvolvimento de Angola; diligencia no sentido de reduzir o maior número de crianças que, em cada ano lectivo, têm, obrigatoriamente, de estudar, mas não conseguem vaga na escola pública, onde, por lei, o ensino primário para além de obrigatório, é gratuito.
Contudo, como pais e encarregados de educação, primeiros educadores e parceiros naturais do sector da Educação, não nos basta conseguir matricular os nossos filhos e educandos numa escola. Também é necessário acompanhar, de forma regular, o desempenho escolar dos nossos filhos e educandos, de modo a complementar o trabalho de instrução e educação levado a cabo pela escola. É necessário que todos nós, encarregados de educação, desde o início do ano lectivo, nos preocupemos com o progresso dos nossos filhos, netos ou sobrinhos, estabelecendo um diálogo permanente com o professor, de modo a ultrapassar eventuais obstáculos que possam comprometer o sucesso das crianças na aquisição dos novos conhecimentos, hábitos de conduta e valores. Não, apenas, ao final do ano lectivo, para sabermos se os nossos educandos passaram (ou não) de classe e em que condições. É necessário, que nós, encarregados de educação, verifiquemos a cada dia, se as crianças têm trabalhos da escola para fazer em casa, antes de ficarem horas a fio a brincar, por vezes, na rua ou em frente a um ecrã de televisão, vendo novelas e filmes, que, nem sempre, são adequados à sua idade.
Os deveres escolares ajudam as crianças a consolidar o que aprendem na escola e o hábito de os fazer também concorre para a melhoria da qualidade do nosso ensino e para a aquisição de responsabilidades futuras a terem, mais tarde, como cidadãos.
Prezados Pais e Encarregados de Educação:
Apesar dos nossos imensos afazeres, é, sobretudo, com o nosso apoio, que ao tornarmos a nossa família numa escola de valores éticos, deontológicos e patrióticos, melhor poderemos contribuir para a criação de uma “Escola Amiga da Criança”. É também com o nosso apoio, que, no interesse de uma melhor escolarização para os nossos filhos, netos e sobrinhos, poderemos melhorar a gestão das escolas e a eficiência do nosso ensino. Como Ministro da Educação e a partir do início deste ano lectivo, gostaria de contar convosco neste esforço colectivo de apoio à reforma educativa, através da utilização de um conjunto de estratégias direccionadas para mais e melhor educação, tendo em vista a actividade laboral futura dos nossos educandos, a cultura e o exercício pleno da cidadania.
Luanda, 1 de Fevereiro de 2011
Pinda Simão
Ministro da Educação
Fonte: CDI/MED |
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